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21/12/2017
Arquitetura Orgânica: o que é, como surgiu e quais os seus princípios
Arquitetura & DecoraçãoArquitetura Orgânica é um dos estilos da chamada “escola futurista”, dentro da arquitetura modernista. Originada no início do século XX, entre os anos 1910 e 1939, a arquitetura orgânica está voltando com tudo, como tendência arquitetônica.
Criada pelo arquiteto norte-americano Frank Lloyd Wright, a arquitetura orgânica encontra correspondência no trabalho de renomados profissionais do Design Humanista, como Antoni Gaudí e Rudolf Steiner. Atualmente, o maior representante da arquitetura orgânica é o arquiteto mexicano Javier Senosiain. Entre os representantes brasileiros desse estilo, está o arquiteto José Leite de Carvalho e Silva.
O que é a Arquitetura Orgânica?
A arquitetura orgânica busca sua expressão artística naquilo que representa a vida: o movimento, representado em construções sustentáveis.
Os projetos de arquitetura orgânica criam estruturas fluidas, com dinamismo na composição dos espaços. A integração da natureza aos espaços internos e externos, considerando a filosofia humanista, é característica marcante desse estilo arquitetônico.
As obras da arquitetura orgânica são mais adaptáveis, unindo um design visualmente interessante às formas necessárias para o bem estar físico e psicológico do ser humano, no seu dia a dia.
O objetivo desse estilo arquitetônico é colocar a arquitetura a serviço das atividades comuns e diárias, criando ambientes agradáveis e funcionais.
Características da arquitetura orgânica
A arquitetura orgânica, também chamada de Arquitetura Organicista ou Organicismo Wrightiano, explora bastante as silhuetas amplas, extensas, convexidades, concavidades, emendadas rústicas e acabamentos extremamente naturais.
Formas arredondadas, como espirais, círculos e curvas são muito utilizadas nos projetos de arquitetura orgânica, assim como as referências aos elementos da natureza, com representações da fauna e da flora.
Princípios básicos da arquitetura orgânica
Wright , o autor deste estilo arquitetônico organizou os seis princípios básicos da sua criação no livro The Natural House. São eles:
- Integridade
A uniformidade do projeto torna a edificação uma unidade indivisível. Os elementos da construção, tais como estruturas, paredes e janelas se relacionam com o ambiente ao seu redor e também com o próprio espaço interno.
- Continuidade
Wright definiu dois tipos de continuidade na arquitetura orgânica:
Continuidade espacial
Elaboração de plantas livres e contínuas, sem interrupções entre os espaços, nem delimitação de cômodos por paredes, visando a integração dos espaços internos e externos.
Continuidade física
Harmonização dos elementos estéticos e estruturais da edificação, a fim de eliminar as quebras nas fachadas.
- Plasticidade
Fusão visual entre os elementos da edificação, que impede a diferenciação entre a forma e a função dos espaços.
- Natureza dos materiais
Preferência por utilização de materiais naturais, explorando o design e o padrão natural das suas propriedades físicas originais. Uso conjunto de materiais industriais, como aço e vidro.
- Gramática
Todos os elementos do edifício devem ser harmônicos entre si e com o entorno, de forma a expressar a mesma “linguagem” artística.
- Simplicidade
Característica fundamental da Arquitetura Orgânica, que prevê a não utilização de adornos e elementos decorativos que interrompam a unidade do edifício.
Materiais e técnicas utilizados na arquitetura orgânica
Desde a sua criação, a arquitetura orgânica foi sofrendo influências do desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas arquitetônicas, além do descobrimento de novos materiais. No entanto, o estilo preserva sua essência, extremamente ligada à sustentabilidade.
Atualmente, esses são os principais materiais utilizados pela arquitetura organicista:
- Revestimento cimentício;
- Madeira;
- Argila;
- Areia;
- Ferro;
- Vidro;
- Pedra.
Principais técnicas e recursos explorados pela arquitetura orgânica, hoje em dia:
- Horizontalidade: telhados com pouca inclinação;
- Uso de materiais em seu estado natural;
- Reaproveitamento de água;
- Vigas de madeira aparentes;
- Eficiência energética;
- Iluminação natural;
- Jardim vertical;
- Telhado verde.
Arquitetura orgânica nos dias atuais
Em tempos de sérias preocupações ambientais e necessidade de projetos arquitetônicos cada vez mais sustentáveis, com menor impacto social e econômico, a arquitetura orgânica oferece possibilidades interessantes.
As construções sustentáveis vêm ganhando destaque nas mostras de arquitetura e decoração. Dos escritórios de arquitetura e interiores para as ruas, em casas reais, os projetos de arquitetura orgânica privilegiam o uso de materiais que possam ser reaproveitados, que não gerem entulho e que sejam fabricados sem agredir o meio ambiente.
Além de serem ecologicamente corretos, os materiais utilizados na arquitetura orgânica devem exigir menos manutenção, contribuir para evitar o esgotamento dos recursos naturais e prevenir a degradação ambiental. Tecnologias inteligentes para economia de água e energia elétrica, e preservação da qualidade do ar também devem ser consideradas.
Profissionais de interiores, construtoras e usuários finais estão cada vez mais alinhados a respeito da valorização da arquitetura sustentável, para a criação de ambientes confortáveis, seguros e saudáveis. Essa é uma tendência que veio para ficar.
Revestimento cimentício na arquitetura orgânica
A Anama fabrica peças artesanais de revestimento cimentício, elaborados com material exclusivo (cimento específico, pó-de-pedra e aditivos) e produzidos com técnicas manuais.
O processo produtivo dessas peças não inclui forno, evitando o corte de árvores para consumo da madeira. Além disso, o nível de consumo de energia durante a fabricação desses itens é baixíssimo, a partir do reaproveitamento de matérias-primas e água.
Além disto, as matérias primas utilizadas na fabricação do cimentício dispensam a mineração exagerada para retirada de pedras da natureza.
Essas características tornam o revestimento cimentício artesanal um item de sustentabilidade e beleza nos projetos arquitetônicos.
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